Padre Kelmon, Presidente do Foro do Brasil, concedeu uma entrevista exclusiva ao Portal Verdade News. A entrevista foi conduzida por Emerson Teixeira, onde pode falar sobre diversos temas incluindo Bolsonaro, o Foro do Brasil, Monarquia, Teologia da Libertação e muito mais.

“(…) Se a esquerda ganhar vai piorar a vida dos brasileiros (…)”

EMERSON TEIXEIRA – @verdadenews2025 – @jornalemer_72

CRICIÚMA – Ele foi candidato a presidente do Brasil, chegou a ser chamado de “padre de festa junina” num dos debates na televisão, apareceu no “Top 10” das personalidades mais pesquisadas do Brasil em 2022 (segundo a CNN Brasil) e agora peregrina pelo País com o seu projeto Foro do Brasil, que segundo ele “é um movimento em defesa da Nação brasileira, apartidário e conservador, com a missão de promover uma política cristã centrada em valores éticos e morais”.

Soteropolitano, Kelmon Luis da Silva Souza, de 48 anos (21/10/1976), ou simplesmente Padre Kelmon, foi candidato à presidência do Brasil na eleição de 02 de outubro de 2022, pelo Partido Trabalhista Brasileiro (PTB), de Roberto Jefferson. Têm 694 mil seguidores em seu Instagram e recebeu 81.129 votos em 2022. Filiado ao Partido Liberal (PL) desde 14 de agosto do ano passado, tem percorrido o Brasil para falar do projeto Foro do Brasil, criado por ele em 29 de junho de 2023 para contrapor ao Foro de São Paulo.

Padre Kelmon pode vir a Criciúma, a convite do portal Verdade News, este ano ainda. As conversas foram iniciadas durante a entrevista concedida por ele a este jornalista.

Num bate papo descontraído e sem fugir das perguntas, Padre Kelmon respondeu todas e que você pode ler com EXCLUSIVIDADE.

1 – Jair Bolsonaro é candidato a presidente ano que vem? E como o Foro do Brasil está trabalhando para isso se tornar realidade em nível nacional?

O presidente Bolsonaro já falou: “O candidato sou eu”. Desde o Foro do Brasil trabalharemos para por fim ao pior governo que já tive Brasil no século XXI.

2 – Como o senhor observa o cenário para 2026, em que teremos eleições para as assembleias legislativas estaduais, para os governos dos estados, para senadores, deputados federais, e também para presidente? Que variáveis devem ser levadas em consideração? O senhor consegue fazer alguma leitura antecipada do cenário? Um fortalecimento da esquerda, um recrudescimento da direita, talvez com uma candidatura do Bolsonaro? Bolsonaro realmente será inelegível? Como o senhor entende este cenário?

Eu considero que o ano 2026 vai definir os próximos 30 anos do Brasil. Se a esquerda ganhar, vai piorar a vida dos brasileiros e a integridade da União estará em perigo. Se a direita voltar ao poder, a vida dos brasileiros tem mais chances de melhorar, não só pela questão econômica, mas, sobretudo, porque o Brasil será um país focado no combate ao crime organizado.

Nas eleições municipais de 2024 a esquerda perdeu muita força. No Foro do Brasil queremos reforçar a participação politica dos cidadãos para tirar do poder aos privilegiados que só vivem dos impostos dos trabalhadores. A defesa da Nação é acabar com o gasto público sem auditoria, tirar do poder aos corruptos e seus aliados, e fazer do Brasil o Império da América do Sul. Eu não sou adivinho para saber o que acontecerá mais na frente e dar cenários antecipados, mas posso dizer com certeza o destino comum que queremos construir como brasileiros, unidos e fortes.

2 – Como o senhor observa o cenário para 2026, em que teremos eleições para as assembleias legislativas estaduais, para os governos dos estados, para senadores, deputados federais, e também para presidente? Que variáveis devem ser levadas em consideração? O senhor consegue fazer alguma leitura antecipada do cenário? Um fortalecimento da esquerda, um recrudescimento da direita, talvez com uma candidatura do Bolsonaro? Bolsonaro realmente será inelegível? Como o senhor entende este cenário?

Eu considero que o ano 2026 vai definir os próximos 30 anos do Brasil. Se a esquerda ganhar, vai piorar a vida dos brasileiros e a integridade da União estará em perigo. Se a direita voltar ao poder, a vida dos brasileiros tem mais chances de melhorar, não só pela questão econômica, mas, sobretudo, porque o Brasil será um país focado no combate ao crime organizado.

Nas eleições municipais de 2024 a esquerda perdeu muita força. No Foro do Brasil queremos reforçar a participação politica dos cidadãos para tirar do poder aos privilegiados que só vivem dos impostos dos trabalhadores. A defesa da Nação é acabar com o gasto público sem auditoria, tirar do poder aos corruptos e seus aliados, e fazer do Brasil o Império da América do Sul. Eu não sou adivinho para saber o que acontecerá mais na frente e dar cenários antecipados, mas posso dizer com certeza o destino comum que queremos construir como brasileiros, unidos e fortes.

3 – Quem faz parte do Foro do Brasil em Santa Catarina? O senhor pode nos passar o nome de quem está coordenando o grupo aqui no estado?

A presidente estadual se chama Leticia Mattos, ela é do PL, mulher guerreira, conservadora, trabalhadora e comprometida com a agenda de defesa da Nação brasileira no Estado. Dentro das responsabilidades que ela tem está a criação dos diretórios municipais e as coordenações regionais do Foro do Brasil. Na vice-presidência, acompanhando o trabalho da Leticia, está o Danilo Visconti. Ele é um grande advogado, foi procurador, é empresário, pai de família, patriota e realmente uma pessoa do bem.

4 – Em 1993 tivemos um plebiscito que era entre Monarquia, República, Parlamentarismo, regime e forma de governo. Em quem o senhor votou? Qual foi a sua posição, pode revelar? Desde então até hoje essa posição mudou?

Eu votei pela Monarquia e sou monarquista. Brasil é o Império da América do Sul e nós temos que voltar à nossa essência para ter sucesso na construção de nosso grandioso destino comum.

5 – Na juventude, a maioria dos jovens, especialmente no Brasil, tem uma tendência mais progressista, à esquerda. O senhor passou por essa fase, sempre foi alinhado, por assim dizer, mais à direita, como recentemente foi com o ex-presidente Bolsonaro? Por quê?

Sempre combati à esquerda, desde os tempos dos grupos jovens em paroquias onde a Teologia da Libertação imperava. Eu lhes combatia, continuo combatendo e até o meu último respiro defenderei ao Brasil dessa desgraça.

6 – Desde o ano de 2010 e nas últimas eleições, especialmente na de 2022, consolidou-se um Brasil extremamente polarizado, uma margem à direita e uma margem à esquerda. Alguns dizem que a solução possível seria uma terceira via, um centro, porém quem está na margem direita critica o centro e quem está na margem esquerda também critica o centro. Na sua experiência de vida, tanto no aspecto religioso e espiritual, e na sua experiência política, existe solução? É à direita, é à esquerda, é ao centro? O que o senhor gostaria de ver, o que o senhor pode trazer de novo para este cenário emblemático e dicotômico?

A defesa da Nação brasileira é nossa prioridade. Deus está no centro de nossas vidas, e Cristo é o Rei do Brasil. É importante refletir: tudo o que for em favor da Nação devemos proteger. Por outro lado, qualquer ação que agrida, ameace, enfraqueça, humilhe, saqueie ou empobreça nossa pátria, por que deveríamos defendê-la? Quem apoia esse tipo de agenda, me pergunto: o que está colocando no centro de sua vida que seja mais importante do que Deus e mais significativo do que a sua própria Nação?

Não precisamos inventar nada novo. Se desejamos um Brasil livre e próspero, uma casa comum e feliz, basta agir com amor e bom senso.

7 – Referente à participação dos jovens na política, a esquerda diz que a participação dos jovens é essencial e a direita diz que eles são instrumentos porque no início da vida se tende a ser mais progressista. Da mesma forma a direita pouco faz uso dos jovens e não tem também um discurso tão atrativo. Afinal, qual a importância e como deve ser a participação dos jovens na política?

Quem define se um discurso é atraente ou não para os jovens na política? Os adultos devem refletir sobre os jovens, nos vendo a nós mesmos como os jovens que um dia fomos, e tentar ser os adultos que esperávamos encontrar naquela época. Já parou para se perguntar: “Como gostaria de ter encontrado uma liderança política como a de X ou Y quando era mais jovem?” Sempre que penso nos jovens, quero ser esse líder político que eu teria desejado ver quando tinha 20 anos.

Devemos ser exemplo com nossas ações e, em minha vida, como sacerdote, procuro, a cada dia, ser mais parecido com Cristo. Não preciso me preocupar se o meu discurso é atraente ou não. Eu preciso me preocupar em ser coerente com o que sinto e com o que sei, e essa coerência é o que tento transmitir aos jovens. Espero que tudo o que os pais ensinam e o que aprendem de seus entes queridos seja reforçado na política com bons exemplos a seguir. Não seria assim que teríamos uma sociedade melhor, mais decente, solidária e, no fim, mais cristã?

8 – Ainda falando sobre jovens, há escritos na Grécia, 400, 500 anos antes de Cristo, dizendo que a juventude estava perdida, e isso pode ser encontrado em filósofos pré-socráticos como também pós-socráticos. Ao longo dos séculos, sempre se diz que a geração anterior é pior. Isso foi inclusive muito bem retratado no Midnight in Paris, Meia-Noite em Paris, do Woody Allen. Alguns estudos recentes mostram que esta geração atual, especialmente os nascidos a partir dos anos 80 até hoje, é a primeira geração que tem menor inteligência do que a dos pais, porque tradicionalmente as gerações sucessivas, aquelas que sucedem, superam as anteriores, e desde 1980, estas gerações de 1980 para cá são as primeiras que são menos inteligentes que os pais. Muitos acusam a tecnologia, a televisão, o celular. O que o senhor acha? Realmente é uma geração menos inteligente? Sim ou não? É a tecnologia a única culpada?

Graças a todas as viagens que faço pelo Brasil, posso dizer que estou conhecendo o Brasil real. E, em todos os lugares, vejo pessoas de bem: famílias, indivíduos, histórias que me fazem sentir orgulhoso de servir a esta Nação. E é isso que me inspira a seguir com esta Pastoral Política, para o bem de todos eles. Não acredito que uma geração seja melhor ou pior que outra, nem que uma seja mais inteligente que a outra. Acredito que a Nação é um projeto permanente em construção, e tudo o que se constrói em conjunto é feito por amor. O que transcende é fruto do amor. Tudo o que nasce do sentimento oposto ao amor simplesmente destrói, não transcende, apaga, diminui, morre. Portanto, em relação à sua pergunta, sou otimista. Não vejo o mundo dessa forma: somos seres vivos que constroem o futuro de nossa descendência, e isso coloca uma grande responsabilidade sobre nossos ombros.

Fonte: Portal Verdade News