O Jornal da Guarujá conversou na manhã desta quinta-feira (5) com o ex-candidato à presidência da República e atual membro do Partido Liberal (PL), Padre Kelmon. Durante a entrevista, ele falou sobre a Marcha pela Brasilidade, evento que pretende percorrer o país com foco na valorização da cultura nacional, união dos cristãos e fé em Deus.
A caminhada tem início no dia 13 de junho de 2025, às 6h da manhã, em Pacaraima (RR), na fronteira com a Venezuela. “Não é apenas uma caminhada. É um ato profético, uma manifestação de fé, de coragem cristã e de amor à nossa Pátria”, declarou o padre.
Marcha pela brasilidade
Embora o evento tenha sido anunciado como Marcha pela Liberdade, o próprio Padre Kelmon prefere outro nome: “Marcha pela Brasilidade”. Segundo ele, o objetivo é resgatar o que une os brasileiros. “Nós precisamos valorizar aquilo que somos. Somos brasileiros. Mas, para valorizar, é preciso entender quem somos, de onde viemos e quem construiu essa história.”
O religioso ressalta a importância de promover a identidade nacional. “Essa marcha é uma forma de nos redescobrirmos como povo. Precisamos deixar de lado as ideologias que dividiram o Brasil e buscar aquilo que nos une.”
União dos cristãos
Padre Kelmon também destacou o papel da fé cristã como elo de união nacional. “A maioria do povo brasileiro acredita em Deus. Mesmo com diferentes denominações, todos nós acreditamos no mesmo Cristo. Todos buscamos a salvação. Ninguém quer ir para o inferno. Todos queremos ir para o céu.”
Ele questiona o comportamento religioso no cotidiano. “Mas como estamos vivendo essa busca? Com caridade, virtudes e amor ao próximo, ou alimentando o egoísmo e a indiferença?”
Para ele, a fé deve ir além das palavras. “Precisamos dizer que somos cristãos, mas não é só dizer. É preciso viver isso com testemunho, com atitudes, com preocupação real com o outro.”
Contra divisões ideológicas
Durante a conversa, Padre Kelmon criticou o que chamou de divisões ideológicas e sociais criadas por uma minoria dominante.“Quem perde com isso? Somos nós, o povo. Quem ganha? Uma minoria que quer nos dividir para continuar no poder.”
Ele também reforçou a diversidade do Brasil como um valor a ser celebrado. “No Sul, temos pessoas de pele clara, loiros, de olhos azuis. No Nordeste, temos a herança africana, que está na nossa culinária, na nossa linguagem. Em São Paulo, há uma forte presença indígena. Tudo isso é Brasil. Nós não podemos mais alimentar essa divisão étnica. Precisamos ver que, no fim das contas, todos somos brasileiros.”
A marcha, que começa em Pacaraima e segue em direção ao Amazonas, será realizada durante 24 horas ininterruptas. O padre convida fiéis e patriotas a se unirem ao movimento. “Marcharemos com o terço nas mãos, a cruz no peito e a bandeira do Brasil no coração. Que o Espírito Santo nos conduza, que Maria Santíssima nos cubra com seu manto sagrado, e que os santos do Brasil intercedam por nós.”
Confira entrevista completa: